quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Homem cai na ilusão de "transformar as pedras em pães"

Depois de ter posto Deus de parte,
ou de o ter apenas tolerado como uma escolha privada
que não deve interferir na vida pública,
certas ideologias tentaram organizar a sociedade
com a força do poder e da economia.
A história mostra, dramaticamente,
que o objectivo de dar, a todos,
desenvolvimento, bem estar material e paz,
prescindindo de Deus e da sua revelação,
se tornou afinal num dar aos homens pedras em lugar de pão.

O pão é "fruto do trabalho do homem",
e nesta verdade está contida toda a responsabilidade
confiada às nossas mãos e ao nosso engenho;
mas o pão é também, e antes de mais nada,
"fruto da terra", que recebe do alto o sol e a chuva:
é dom para ser pedido,
que nos tira de toda a soberba e faz pedir com a confiança dos humildes:
"Pai (....) dá-nos hoje o pão de cada dia"
O homem é incapaz de dar a vida a si mesmo,
o homem só se compreende a partir de Deus:
é a relação com Ele o que dá consistência à nossa humanidade
e torna boa e justa a nossa vida.

No Pai Nosso pedimos que seja santificado o Seu nome,
que venha o Seu reino, que se cumpra a Sua vontade.
É, acima de tudo, o primado de Deus que devemos recuperar
no nosso mundo e na nossa vida,
porque é este primado que permite descobrirmos
a verdade do que somos, e é no conhecer e seguir a vontade de Deus
que encontramos o nosso verdadeiro bem.
Dar tempo e espaço a Deus, para que seja o centro vital da nossa existência. 

Papa Bento XVI - 11 de Setembro de 2011


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