quinta-feira, 31 de março de 2011

A coragem do Bispo Andrea Hao - Catarina Martins Bettencourt

Esta semana, na longínqua China, os cristãos de Gonghui estão de luto. Choram a morte do Bispo Andrea Hao Jinli. Tinha 95 anos e pertencia à Igreja Clandestina da China, a que se mantém fiel ao Papa. Foi por ser cristão e por se ter mantido sempre fiel a Roma, que Andrea Hao conheceu, como tantos, as prisões chinesas. Foi acusado de quê? De ser cristão, apenas.

Hao nasceu em 1916 numa família católica. Ele e dois irmãos decidiram seguir a vida religiosa. Ordenado padre, em 1943, foi logo condenado a 10 anos de prisão. Ao fim desse tempo, quando julgava que tinha chegado ao fim o seu tormento, foi mandado para um campo de concentração para ser "reeducado pelo trabalho". Esteve preso mais de vinte anos. Ninguém o vergou: nem o medo, nem os trabalhos forçados, nem as ameaças de morte, nem a violência na prisão. Dele só queriam essencialmente uma coisa: que, como padre, renunciasse a Roma. Nunca o fez.

Ao fim deste tempo todo, as autoridades perceberam que de nada valia manterem-no fechado na prisão. Libertado, ao fim de três anos o Vaticano nomeia-o bispo da Diocese de Chongli. Bispo da Igreja Clandestina, a que se mantém fiel a Roma e não a Pequim, ao Partido Comunista Chinês.

A vida de Andrea Hao é um exemplo para todos nós. Ele era um homem baixo, magro, de aparência frágil, mas, apesar disso nunca ninguém o conseguiu vencer, ninguém o conseguiu domar. Manteve-se sempre fiel ao Papa, continuou sempre fiel a Jesus Cristo. Mesmo agora, depois de morto, Andrea Hao continua a ser um embaraço para o governo da China.

A polícia procurou que o funeral decorresse sem alarido, não se transformasse numa manifestação pública de fé da comunidade cristã local. Mas, apesar das ameaças, foram dezenas os fiéis que decidiram prestar uma última homenagem ao seu bispo, mesmo correndo o risco de serem também detidos. Que exemplo para nós, que estamos a viver a Páscoa neste ano de 2011.

Em muitos países no mundo, como nós denunciamos na Fundação AIS – Ajuda à Igreja que Sofre – rezar, ter fé, implica coragem, muita coragem. Quantos de nós seríamos capazes de enfrentar a prisão, a tortura, o medo, a humilhação apenas para continuarmos a rezar, apenas para continuarmos a dizer que somos cristãos? Quantos de nós teríamos a coragem do Bispo Andrea Hao?


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Eu vou. Alguém me faz companhia?



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quarta-feira, 30 de março de 2011

Frase do dia

"Pertence aquele que tem fome o pão que tu guardas; àquele que está nu a capa que tu conservas nos teus guarda-vestidos; àquele que está descalço, os sapatos que apodrecem em tua casa; ao pobre o dinheiro que tu tens guardado. Assim tu cometes tantas injustiças quantas as pessoas às quais poderias dar." 

São Basílio


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Confissões, XIII, 9 - St.Agostinho

Dá-Te a mim, meu Deus, dá-Te sempre a mim. [...] Descansamos no dom do Teu Espírito; aí Te gozamos, aí está o nosso bem e o nosso repouso. Aí o amor nos educa, e o Teu Espírito, que é bom, exalta a nossa baixeza, retirando-a das portas da morte (Sl 9, 14). Na boa vontade encontramos a paz.

Um corpo, pelo seu peso, tende para o seu lugar próprio; o peso não significa necessariamente ir para baixo, mas para o lugar próprio de cada coisa. O fogo tende para cima, a pedra para baixo [...], cada coisa para o seu lugar próprio; o óleo sobe para cima da água, a água desce para baixo do óleo. Se uma coisa não está no seu lugar, não está em repouso; mas, quando encontra o seu lugar, fica em repouso.

O meu peso é o meu amor: é ele que me leva para onde me leva. O Teu dom inflama-nos e leva-nos para cima; ele abrasa-nos e nós partimos. [...] O Teu fogo, o Teu fogo bom, faz-nos arder e nós vamos, subimos para a paz da Jerusalém celeste – porque encontrei a minha alegria quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» (Sl 121, 1). É para aí que a boa vontade nos conduz por ser o nosso lugar, aí onde não desejaremos mais nada do que assim permanecer para toda a eternidade.


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terça-feira, 29 de março de 2011

Encontrou-se com o Papa e ofereceu-lhe a medalha do Guiness



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Aura Miguel - dia 31 - 21h15

Queridos/as Amigos/as,

Na próxima quinta feira, dia 31 de Março, pelas 21H15, a Aura Miguel vai falar ao Grupo de Oração do Santíssimo na Capela das Necessidades (Palácio das Necessidades - Lº. do Rilvas - Lisboa).

Estão todos convidados! Apareçam porque é sempre fantástico!


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Católicos acordem! A Agência Ecclesia patrocina isto



Este evento, organizado pelos dominicanos (frei Bento Domingues), é promovido pelo movimento Nós Somos Igreja-Portugal, e inclui a participação do seu coordenador internacional.

O ‘Nós Somos Igreja’ é um movimento não aprovado pela Igreja, e que defende o aborto, os padres casados, mulheres padres, moralidade dos actos homossexuais etc...No site português podemos ler estes artigos:




É uma vergonha que a Agência Ecclesia, a agência de notícias da Igreja Católica em Portugal promova estas falsas doutrinas. Aqui ficam o mails para onde dirigir os nossos desabafos:

Director: Paulo Rocha – paulorocha@ecclesia.pt
Director: Cónego António Rego – aprego@ecclesia.pt


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segunda-feira, 28 de março de 2011

O Termo Adequado para definir o governo Sócrates

Não há memória na história de Portugal de um governo que tenha sido tão inimigo da vida humana, da família, da sociedade, da justiça e do bem comum como este que agora se encontra demissionário. A mentira obsessiva e continuada, a subversão dos valores mais elementares, a inversão das virtudes, a intimidação dos Pastores, a corrupção da pureza das crianças, a usurpação dos filhos aos pais, manipulando a sua educação/formação, a agressão sistemática dos direitos fundamentais da pessoa, a perversidade apresentada como normalidade, a promiscuidade sexual como saúde, a matança dos inocentes como amor, a injustiça como direito, os subsídios das homicidas como apoios à maternidade, tudo isto e o muito mais que se podia acrescentar - se tivermos em conta que a Palavra de Deus, Jesus Cristo, define o diabo como mentiroso, homicida desde o princípio e sedutor-enganador -, são sinais claríssimos de uma governança diabólica. Governo satânico será pois o termo mais adequado para o caracterizar. 

Cumpliciado com ele tivemos uma larga maioria demoníaca na assembleia da república e um presidente da república luciferinamente calculista. E se é verdade que este se comportou como Pilatos não é menos verdade que o governo e a assembleia tiveram maiores culpas, pois procederam como aquela porção da elite judaica que engendrou a morte de Jesus; e o povo que neles votou fez o papel da multidão que exigiu a brados a crucifixão de Mesmo.

Neste sentido, estou em que a todos estes políticos e demais portugueses também se aplica a acusação de Jesus: “Vós tendes por pai o diabo, e quereis realizar os desejos do vosso pai. Ele foi assassino desde o princípio, e não esteve pela verdade, porque nele não há verdade. Quando fala mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo. 8, 44).

Verificamos, pois, que em Portugal - um país tido como maioritariamente católico, e privilegiado com as aparições de Nossa Senhora, em Fátima -, os eleitores entregaram o seu destino ao “grande Dragão, a Serpente antiga - a que chamam também Diabo e Satanás - o sedutor de toda a humanidade … ” (Ap 12, 9).

Ao que tudo parece indicar teremos eleições legislativas dentro de, mais ou menos, dois meses. O diabo vai de novo seduzir e esbravejar, encantar e assustar. Esperemos que a Igreja não se deixe atemorizar e fale com clareza e ousadia, chame ao arrependimento e à conversão, discirna os espíritos e esclareça as consciências. O báculo, como lembrou o Papa Bento XVI, também serve de arma para defender o rebanho das feras.

P. Nuno Serras Pereira


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Estas pessoas dão a vida para salvar vidas



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Diocese do Porto cria um site para rezar o Terço

A ideia está gira, basta clicar em: Terço!


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sábado, 26 de março de 2011

Ela tentou ser padre mas percebeu a verdade - Norma Jean Coon

On July 22, 2007, I was ordained to the diaconate by Bishop Patricia Fresen, of Germany and South Africa who was ordained by three male bishops in Germany for the group called Roman Catholic Women Priests. The ordination took place at the Santa Barbara Immaculate Heart Spiritual Center. Because neither Patricia Fresen nor myself were given permission for the ordination by Pope Benedict XVI, the ordinations were illegitimate and not recognized by the Roman Catholic Church. Thus an excommunication process called Latae Sententiae occurred, excommunicating oneself by failure to observe the Canon Laws of the Church.

I wish to renounce the alleged ordination and publicly state that I did not act as a deacon as a part of this group except on two occasions, when I read the gospel once at mass and distributed communion once at this same mass. I withdrew from the program within two weeks of the ceremony because I realized that I had made a mistake in studying for the priesthood. I confess to the truth of Pope John Paul II's Apostolic Letter Ordinatio Sacerdotalis . I confess the authority of the Holy Father on these issues of ordination and recognize that Christ founded the ordination only for men.

Formally, I relinquish all connection to the program of Roman Catholic Women Priests and I disclaim the alleged ordination publicly with apologies to those whose lives I have offended or scandalized by my actions. I ask God's blessings upon each of these folks and their families.


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sexta-feira, 25 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Facebook - informação actualizada ao minuto



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O direito à verdade - Padre Hugo de Azevedo

Costumava S. Josemaria fazer notar aos homens de empresa que o seu primeiro negócio era a família; primeiro «negócio», tanto por constituir a sua primeira responsabilidade, como por ser a principal riqueza a cuidar e o mais importante futuro a construir.

Esta recomendação também a faz o Santo Padre na encíclica «Caritas in Veritate». Se a vida económica se inscreve num tecido de gratuidade, isso é especialmente óbvio nas relações domésticas, de amor e serviço mútuos, sem objectivos de lucro individual. «Os Estados são chamados a instaurar políticas que promovam a centralidade e a integridade da família, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, célula primeira e vital da sociedade». (nº 44)

Sendo a família, de facto, a primeira «célula social», não pode deixar de ser a primeira «célula económico-financeira». Do seu bom ou mau «funcionamento» dependem as qualidades do mercado: a laboriosidade, a solidariedade, a sobriedade, a ordem, a distribuição, a poupança. Porque a família não se reduz a um grupo de consumidores do «cabaz de compras», mas começa por ser escola de produção, de aplicação do dinheiro, de prospecção, gestão e contabilidade.

Usando o que costuma dizer-se da diferente visão económica entre o sul e o norte («em Lisboa sabe-se o que vale o dinheiro; no Porto sabe-se o que custa»), sem a experiência familiar, não se sabe o que ele custa, mas apenas o que vale, e o ambiente dos negócios torna-se um mundo de valores virtuais, cuja falsidade acaba mais tarde ou mais cedo por desmoronar.    
Por isso, tanto os políticos como os empresários devem estar interessados na «saúde» das famílias.

É hábito falar-se da «atomização» da sociedade ao tratar das consequências do individualismo, ou egoísmo, que é dizer o mesmo.

Mas essa expressão tem contornos mais sinistros do que parece à primeira vista: quando esse núcleo social se rompe, dá-se uma verdadeira explosão atómica, ou literalmente, «nuclear». A sociedade parte-se aos bocados, o mercado torna-se caótico, a riqueza vai parar aonde menos se espera, há feridos e mortos por toda a parte… 

A crise actual tem muito a ver com a degradação dos lares. Neles se criam, conservam e transmitem os valores morais, incluindo os sócio-economicos. Não se acredite no fim da crise económico-financeira enquanto não passe a tremenda crise familiar que continua a ser promovida e a agravar-se no mundo.


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Cavaco Silva fala hipocritamente sobre a família

Isto já tem um tempinho, data de dia 9 de Março, no dia da tomada de posse do Presidente da República Portuguesa:

"No momento que atravessamos, em que à crise económica e social se associa uma profunda crise de valores, há que salientar o papel absolutamente nuclear da família. A família é um espaço essencial de realização da pessoa humana e, em tempos difíceis, constitui o último refúgio e amparo com que muitos cidadãos podem contar. A família é o elemento agregador fundamental da sociedade portuguesa e, como tal, deve existir uma política activa de família que apoie a natalidade, que proteja as crianças e garanta o seu desenvolvimento, que combata a discriminação dos idosos, que aprofunde os elos entre gerações."

O discurso está óptimo. O único problema é que foi feito pela mesma pessoa que promulgou as seguintes leis:

Casamento civil entre pessoas do mesmo sexo
(
Lei n.º 9/2010, de 31 de Maio).

Educação Sexual em meio escolar
(
Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto)

Alteração do regime jurídico do divórcio
(
Lei n.º 61/2008, de 31 de Outubro)

A Lei da Exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez
(
Lei n.º 16/2007, de 17 de Abril)

A Lei da Procriação Medicamente Assistida
(
Lei n.º 32/2006, de 26 de Julho)


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quarta-feira, 23 de março de 2011

Negar dimensão moral da sexualidade mina liberdade



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Alemanha: mais pais na prisão por rejeitarem educação sexual

Na semana passada, a Europa descobriu com surpresa que, em um país democrático como a Alemanha, uma mãe foi presa por se recusar a levar seus filhos à aula de educação sexual do Estado e que já eram 53 os pais condenados por esse motivo.

Na última segunda-feira, a ‘Alliance Defense Fund' (ADF), entidade jurídica que defende os direitos das famílias alemãs perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo, informou sobre dois novos casos de prisão de pais em Salzkotten. São eles: Eduard W., pai de 8 filhos, e Artur W., pai de 10 filhos e a duas semanas de ter o 11º.


Esses pais recusaram-se a permitir que seus filhos participem do programa de educação sexual, porque não concordam com a educação sexual que o Estado quer impor aos seus filhos de forma obrigatória e consideram que seus direitos humanos e civis estão sendo violados. De acordo com Roger Kiska, advogado da ADF, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo não aceitou o pedido para decretar medidas de emergência para libertar a Sra. Wiens, apesar da prisão injusta.


"Estamos convencidos de que, quando o Tribunal de Estrasburgo ditar sua sentença sobre os casos de pais que foram presos pelo simples fato de exercer a paternidade, a justiça vai prevalecer", disse ele.


Enquanto isso, em Espanha, Profissionais pela Ética promove uma declaração a favor da Sra. Wiens, a mãe presa pelo mesmo motivo, na mesma localidade alemã de Salzkotten, assim como de outros pais alemães condenados. Nesta declaração, que foi assinada por 43 associações da Espanha, Irlanda, Itália, Bélgica, França, Eslováquia, Alemanha, EUA, Quênia, Filipinas, México e Noruega, pede-se às autoridades alemãs que libertem os pais presos por quererem educar seus filhos segundo suas convicções. Também se exige que as instituições europeias garantam os direitos fundamentais e a liberdade de educação.


A declaração foi enviada às seguintes instituições: Chancelaria Federal da Alemanha; governo federal alemão; ministérios da Cultura e Educação dos estados alemães federados; instituições do Conselho da Europa; representantes dos governos alemão e espanhol no Conselho da Europa; Parlamento Europeu; embaixada alemã na Espanha; tribunais que condenaram os progenitores alemães; pais alemães presos. A declaração pode ser assinada em: http://www.profesionalesetica.org/suscribirse-a-la-declaracion/ in Zenit


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terça-feira, 22 de março de 2011

Os 5 argumentos que provam a existência de Deus - S. Tomás

1°- O "primeiro motor imóvel":
O movimento existe, é evidente aos nossos sentidos. Ora, tudo aquilo que se move é movido por outra força, ou motor. Não é lógico que haja um motor, outro e outro, e assim indefinidamente; há de haver uma origem primeira do fenómeno do movimento, um motor que move sem ser movido, que seria Deus.

2°- A "causa primeira":
Toda causa é efeito de outra, mas é necessário que haja uma primeira, causa não causada, que seria Deus.

3°- O "ser necessário":
Todos os seres são finitos e contingentes ("são e deixam de ser"). Se tudo fosse assim, todos os seres deixariam de ser e, em determinado momento, nada existiria. Isto é absurdo; logo, a existência dos seres contingentes implica o ser necessário, ou Deus.

4°- O "ser perfeitíssimo":
Os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição, mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que seria Deus.

5°- A "inteligência ordenadora":
Todos os seres tendem para uma finalidade, não em virtude do acaso, mas segundo uma inteligência que os dirige. Logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente seria Deus.


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“Sair do armário” - Pe. Nuno Serras Pereira

A expressão que intitula este breve texto é utilizada pela aglomeração “gay” para significar o acto de uma pessoa publicitar que tem comportamentos sodomitas, ou seja, que pratica actos sexuais com pessoas do mesmo sexo, que os acha não somente normais como bons e recomendáveis. A revelação pública é feita com propósitos político-ideológicos muito concretos que pretendem tornar esses comportamentos socialmente aceitáveis e respeitáveis, destruir a família natural, induzir subliminarmente, quando não descaradamente, crianças, adolescentes e jovens à confusão e à experimentação desses mesmos comportamentos, criminalizar toda a oposição aos seus objectivos, e mudar, corrompendo-o, o cristianismo cuja Revelação de Deus, a Tradição Bíblica e a da Igreja sempre ensinaram a malícia intrínseca e a perversidade de tais actos. Sigmund Freud, aliás, apesar de não ser crente e muito menos cristão, também considerava tais actos como perversos. O Catecismo da Igreja Católica refere-se a eles como depravações graves, contrários à lei natural, incapazes de realizar uma complementaridade ou comunhão afectiva sexual, porque delas não procedem, e que em nenhum caso podem ser aprovados.

Ora o católico que “sai do armário” não aceita de modo nenhum esta Verdade Revelada, diz que não é tal, arranja, com os seus teólogos e biblistas, uma manipulação dos textos da Sagrada Escritura, de modo a distorcer o que eles dizem, faz apelos pungentes à misericórdia e à compaixão, não em relação à pessoa enquanto tal, que merece todo o respeito (porque a consideram uma condescendência inaceitável), mas às suas práticas, afirma categoricamente que a Igreja está errada e que ela é que tem que mudar e não ele. Partilha, vitimizando-se, a sua vida, com as dificuldades e incompreensões, próprias, aliás, de qualquer percurso humano, até ter encontrado a salvação que consiste, segundo ele, em passar à prática os seus desejos desordenados. Não poucas vezes este percurso é acompanhado e incentivado por especialistas de saúde mental, por Sacerdotes e Religiosas.

Ainda não há muito escrevi sobre uma entrevista, dada à revista Pública, em que algumas pessoas que decidiram viver um estilo de comportamento sexual com pessoas do mesmo sexo, se apresentavam como católicas e confessavam o apoio que tinham por parte de alguns sacerdotes. Embora escondessem a sua identidade, por detrás de uma letra ou inicial, um número considerável de leitores que conheciam um ou outro bem perceberam de quem se tratava. De um deles posso eu asseverar que, em certos pontos, a história estava muito mal contada (o que de resto pode não ser culpa sua mas do jornalista). Mas o que importa aqui notar é a estratégia: a iniciativa da entrevista, como lá é dito, não partiu da revista mas sim deles.

Agora, o director do MSV (movimento ao serviço da vida), ao “sair do armário” publicamente, através do anúncio de um encontro organizado pelo Centro Universitário Manuel da Nóbrega, onde palestrará, que conta com a presença do Bispo de Coimbra, consegue objectivamente, independentemente das intenções subjectivas de quem o organiza, a cobertura da Igreja para a estratégia político-ideológica da conglomeração sodomita.

Como se sentirá aquela comunidade numerosa de jovens generosos e dedicados que ao longo destes anos deram o melhor de si neste movimento que nasceu da Igreja através do cruzamento da iniciativa de alguns jovens com o ministério de diversos carismas? Aquela vida que o nome do movimento tem não se refere somente a esta vida mas à Vida divina e eterna que é o próprio Jesus Cristo Ressuscitado, que quando passou entre nós disse de si Mesmo, definindo a Sua missão: “Eu vim … chamar os pecadores para que se arrependam”. Para que se arrependam e convertam e não para que se obstinem no seu pecado, o justifiquem e o alardeiem.

No meu tempo, que velho que eu sou…, e creio bem que ao longo da história da Igreja, chamava-se a testemunhar aquele que tendo vivido em pecado, se arrependera, reencontrando o Seu Salvador, e penitencialmente procurava no dia-a-dia uma conversão sempre maior. Agora dá impressão que é o contrário. A pessoa que viveu bem muitos anos, embora com os percalços próprios da condição humana, e depois desmente tudo entregando-se a uma vida depravada, é chamada, nessa qualidade de dissoluta, a dar o “testemunho da sua ‘vocação’.

A “Igreja plural – Deus a uma chamou para ser freira, a outro para ser homossexual, e a outros para serem adúlteros”! Sei que não será isto que está na mente dos organizadores mas não será essa a mensagem que as pessoas receberão?

21. 03. 2011


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segunda-feira, 21 de março de 2011

Dois investigadores à caça de falsos milagres no Vaticano

A cada ano, a Sagrada Congregação para as Causas dos Santos oferece um curso (Studium) de dois meses no Vaticano para formar postuladores de causas de beatificação e canonização, [aberto inclusive] a todas as pessoas que tomam parte neste tipo de processos. Este ano [o curso] ocorreu entre janeiro e março, e concluiu-se na sexta-feira passada [11 de março de 2011], com uma assistência de oitenta alunos de doze países: leigos, sacerdotes, religiosas e advogados civis e canónicos receberam formação naquilo que, nas palavras do secretário da Congregação e professor do curso, é «um processo judicial que deve seguir um procedimento estrito, porque uma pessoa que é beatificada – e ainda mais se é canonizada – converte-se num “bem público” para a Igreja». As formalidades jurídicas que aprendem os participantes do curso «não são simples formalidades, mas garantem ao máximo [aportan las máximas garantías] a seriedade do processo». E uma parte fundamental [do processo] são os milagres, requisito para todas as causas (à excepção das dos mártires), e que na sua esmagadora [abrumadora] maioria consistem em curas inexplicáveis.

Neste sentido Patrizio Polisca, presidente da comissão médica da Congregação e médico pessoal do Papa, revelou um facto de grande importância. Após explicar que os cientistas que participam dos processos não julgam sobre milagres, «porque um milagre é um juízo teológico», mas que se limitam a afirmar, se procede, que um facto «não tem explicação natural», o doutor Polisca contou que dois investigadores recentemente estiveram a estudar a fundo os arquivos da Congregação.

Tratava-se de desenterrar [desempolvar] casos antigos que os médicos de seus tempos haviam considerados inexplicáveis, e que haviam servido para beatificar ou canonizar alguma pessoa, para averiguar se, no estado atual da medicina, estes casos teriam encontrado [alguma] explicação. A conclusão foi clara: «não se encontrou nenhum caso que, em outros tempos, foi considerado inexplicável e que tenha, hoje, uma explicação médica». Uma prova a posteriori do rigor com o qual a Igreja trata estes casos. De facto, sublinhou monsenhor Bartolucci, para a cura de casos de cancro a Congregação exige um mínimo de dez anos sem recaídas para começar a estudar o seu suposto caráter milagroso, prazo que se estende ainda mais para o caso de tumores cerebrais.

De facto, as normas seguidas [nestes casos] não mudaram desde que foram estabelecidas por Bento XIV em 1734: a enfermidade tem que ser grave, não deve estar catalogada entre aquelas que se curam espontaneamente, a cura não pode ser atribuída a tratamento algum e deve ser completa e duradoura. Os avanços da Medicina nestes três séculos não permitiram desmentir nenhum dos juízos emitidos desde 1734.
in Deus lo vult!


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O verdadeiro uso das raquetes de STOP



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domingo, 20 de março de 2011

Eu, Padre, Casado me confesso - P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Anda por aí um burburinho dos diabos, à conta de uma declaração de uma centena e meia de teólogos alemães que, há falta de um tema mais original, decidiram questionar o celibato sacerdotal. É, juntamente com o famigerado sacerdócio feminino, uma insistente proposta de alguns grupos de católicos pouco ortodoxos que, se me permitem a charada ecuménica, de tão reivindicativos dir-se-ia que são protestantes.

Não obstante alguns contornos mais caricatos, a questão é séria e merece alguma reflexão. Depois de uma etapa fundacional em que, à imagem de Cristo, os apóstolos e outros, como São Paulo, se mantiveram célibes “pelo reino dos Céus”, vieram tempos em que os presbíteros podiam ser casados. Contudo, tendo em conta os resultados dessa primitiva experiência, entendeu-se preferível retomar a tradição evangélica, repondo o celibato sacerdotal na Igreja Católica latina. Portanto, um eventual regresso à anterior situação representaria, em termos históricos, um retrocesso, ainda que disfarçado de revolucionária novidade e, o que é pior, um afastamento em relação ao exemplo de Cristo, que é o modelo e a razão do sacerdócio eclesial.

Há, sobre esta matéria, um duplo equívoco, que importa esclarecer. O primeiro decorre da suposição de que só há amor quando há uma vida sexual activa e, portanto, a imposição do celibato implica a frustração emocional do padre que, entregue à sua própria solidão, fica assim mais exposto às fraquezas da humana condição. Já São Paulo advertira: mais vale casar-se do que abrasar-se. É certo. Porém, o sacerdote não é um homem sem amor, muito embora a sua realização afectiva não tenha expressão sexual. Um presbítero que não ame, que não esteja apaixonado, é certamente um ser vulnerável e fragilizado, não por ser padre, mas precisamente por o não saber ser. Com efeito, o ministério sacerdotal não se reduz a uma função burocrática, em cujo caso o celibato não faria sentido, mas antes se realiza naquele “amor maior” de que Jesus Cristo é o perfeito exemplo. E é bom recordar que o Verbo encarnado não é apenas Deus perfeito, mas também perfeito homem, pelo que a sua circunstância celibatária não só não foi óbice como condição para essa plena realização da sua natureza humana.

Outro lapso é supor que os padres da Igreja Católica são solteiros, o que manifestamente não corresponde à realidade. Saulo de Tarso, quando disserta sobre a grandeza do sacramento do matrimónio, refere-o a Cristo e à sua Igreja, por entender que esta aliança é de natureza nupcial. Por isso, o sacerdote católico, configurado com Cristo pela graça da sua ordenação, “casa” com a Igreja, que é a sua esposa, não apenas mística mas também real e existencial, na medida em que lhe exige uma entrega exclusiva e total.

Há tempos ouvi na rádio uma conhecida balada, em que se repetia um refrão que é aplicável ao celibato sacerdotal: “eu não sou de ninguém, eu sou de todo o mundo e todo o mundo me quer bem”. Nem mais: para ser de todos e para todos é preciso não ser de ninguém em particular. É o que também me dizia um amigo quando, dando-me as Boas Festas, desejava felicidades para a minha família que, acrescentava com inspirada eloquência, “somos todos nós”.Mas há mais. Os inimigos do celibato sacerdotal obrigatório são muito mais generosos do que se pensa pois, não satisfeitos com dar uma mulher aos padres, querem dar-lhes duas: a esposa e … a sogra!


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Visita do Papa Bento XVI ao Pontifício Seminário Maior Romano

«Humildade»: a palavra grega é «tapeinophrosyne», a mesma palavra que são Paulo usa na Carta aos Filipenses quando fala do Senhor, que era Deus e se humilhou, se fez «tapeinos», e desceu fazendo-se criatura, fazendo-se homem, até à obediência da Cruz (cf. 2, 7-8). Portanto, humildade não é uma palavra qualquer, uma simples modéstia, uma coisa qualquer... mas é palavra cristológica. Imitar Deus que vem até mim, que é tão grande que se faz meu amigo, sofre por mim, morreu por mim. Esta é a humildade que se deve aprender, a humildade de Deus. Significa dizer que devemos ver-nos sempre à luz de Deus; assim, ao mesmo tempo, podemos conhecer a grandeza de ser uma pessoa amada por Deus, mas também a nossa pequenez, a nossa pobreza, e deste modo comportar-nos de modo justo, não como donos, mas como servos. Como diz são Paulo: «Não porque pretendamos dominar a vossa fé: queremos apenas contribuir para a vossa alegria» (2 Cor 1, 24). Ser sacerdote, ainda mais do que ser cristão, requer esta humildade.

«Mansidão»: no texto grego é esta a palavra «praütes», a mesma que aparece nas bem-aventuranças: «Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5, 5). E no Livro dos Números, o quarto livro de Moisés, encontramos a afirmação de que Moisés era o homem mais manso do mundo (cf. 12, 3) e, neste sentido, era uma prefiguração de Cristo, de Jesus, que diz de si: «Eu sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). Portanto, também esta palavra, «manso», «humilde», é uma palavra cristológica e exige de novo este imitar Cristo. Porque no Baptismo somos conformados com Cristo, portanto devemos conformar-nos com Cristo, encontrar este espírito do ser mansos, sem violência, de convencer com o amor e com a bondade.

«Magnanimidade», «makrothymia» significa generosidade do coração, não ser minimalistas que dão só o que é estreitamente necessário: demo-nos a nós mesmos com tudo o que pudermos, e cresçamos também nós na magnanimidade.

«Suportando-vos no amor»: é uma tarefa de todos os dias suportar-se uns aos outros na própria alteridade, e precisamente suportando-se com humildade, aprender o amor verdadeiro.


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sexta-feira, 18 de março de 2011

O meu jejum - Rui Corrêa d’Oliveira

Nesta Quaresma, Senhor, que jejum me pedes?
É bom e justo fixar um “ponto de esforço”, concreto e objectivo,
que me vá recordando, dia-a-dia, que o desprendimento e a mudança
são passos verdadeiros de conversão.

Mas estes pequenos gestos têm de ser sinais de uma decisão mais funda
de um querer mais decidido, de um desejo mais verdadeiro de perfeição.
Se assim não for, fico-me pela “rama”,
pelo possível e razoável, mas acabo adiando a verdadeira questão:
mudar o meu coração!

É este o jejum que me pedes.
Só pode ser este: mudar, mudar mesmo, mudar até ao fundo.
Ainda que doa...mesmo que doa.

Mudar é cumprir aquele Teu desejo sobre mim
de ser tal como me pensaste:
homem inteiro, de coração aberto á verdade,
capaz de ser feliz, já e agora, apesar de toda a contingência do caminho.

Para que se cumpra o Teu desejo, tenho que me libertar
do que me prende ao que não dura,
e do que me amarra à ilusão.

É esta a mudança, é este o jejum.
Ajuda-me Senhor!


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quinta-feira, 17 de março de 2011

Homens e mulheres são iguais? - José António Saraiva

As leitoras mais susceptíveis e militantemente feministas não deverão ler esta crónica para não se irritarem. Não porque ela seja abertamente anti-feminista, mas há certas verdades sobre as relações entre os sexos que algumas mulheres não gostam de ver escritas, pela simples razão de que não aceitam que entre homens e mulheres haja grandes diferenças. Para as feministas mais impenitentes, homens e mulheres são iguais em tudo, ponto final.

Eu, pelo contrário, sempre apreciei as diferenças, e acho mesmo que elas devem ser exploradas e potenciadas. Homens e mulheres devem dar valor ao que os diferencia e não ao que os confunde. Acho um disparate haver mulheres a cortar o cabelo curto e a vestir blazer e gravata para se confundirem com homens, e homens a depilarem o peito e as pernas.

Quanto maior for a diferença entre os géneros, maior será a complementaridade - e maior será também, potencialmente, a atracção. Nós sentimo-nos atraídos pelo que é diferente - e não pelo que é igual. Tal como os ímanes - em que a atracção se dá entre os pólos de sinais opostos.

Mas estas verdades elementares são muitas vezes deliberadamente ignoradas por pessoas para quem o elogio da diferença é uma forma sibilina de estabelecer uma hierarquia entre os sexos. Existe a ideia feita de que, quando alguém diz que homens e mulheres são diferentes, pretende dizer, lá bem no fundo, que os homens são superiores às mulheres.

Ora, trata-se precisamente do contrário. Quando se fala em diferença está a dizer-se que a comparação é impossível. Que não podemos estabelecer qualquer hierarquia entre os géneros pois eles situam-se em planos distintos.

Pretender que homens e mulheres sejam iguais em tudo é que conduz a uma comparação descabida. Será possível, por exemplo, haver provas mistas de atletismo, ou de futebol, com mulheres e homens a competir em plano de completa igualdade?


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quarta-feira, 16 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Os segredos dum casamento feliz - São João Crisóstomo

O que deves dizer à tua mulher? Diz-lhe com muita ternura: «Escolhi-te, amo-te e prefiro-te à minha própria vida. A existência presente nada é; por essa razão, as minhas orações, as minhas recomendações e todas as minhas acções destinam-se a fazer que nos seja dado passar esta vida de tal maneira, que voltemos a reunir-nos na vida futura sem qualquer receio de separação. O tempo que vivemos é breve e frágil. Se nos for dado agradar a Deus durante esta vida, estaremos para sempre com Cristo e um com o outro, numa felicidade sem limites. 

O teu amor arrebata-me mais que tudo, e não conhecerei infelicidade tão insuportável como a de estar separado de ti. Mesmo que tivesse de perder tudo, de ser pobre que nem um mendigo, de passar pelos maiores perigos e de sofrer fosse o que fosse, tudo isso seria suportável desde que o teu afecto por mim não diminuísse. Só com base neste amor desejo ter filhos.»

E convém que adeques o teu comportamento às palavras. [...] Mostra à tua mulher que aprecias viver com ela e que, por causa dela, preferes estar em casa que na rua. Prefere-a a todos os teus amigos, e mesmo aos filhos que ela te deu; e que estes sejam amados por ti por causa dela. [...]

Fazei as vossas orações em comum. Ide à igreja e, ao regressar a casa, contai um ao outro o que foi dito e o que foi lido. [...] Aprendei a temer a Deus, e tudo o resto decorrerá daqui, e a vossa casa encher-se-á de inúmeros bens. Aspiremos aos bens incorruptíveis, que os outros não nos faltarão. Procurai primeiro o Reino de Deus, e o resto ser-vos-á dado por acréscimo, diz-nos o evangelho (Mt 6, 33).


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Carta de Guigo I a um amigo sobre a Vida Monástica

4. Em compensação, a vida pobre e solitária, pesada no começo, fácil no seu curso, torna-se no fim celeste. Está firme nas provas, confiante nas incertezas, modesta no êxito. É frugal na alimentação, simples no vestir, reservada nas palavras, casta nos costumes, e objceto dos maiores desejos porque não deseja absolutamente nada. 

Sente muitas vezes o aguilhão do arrependimento pelos seus pecados passados, evita-os no presente e previne-se contra eles no futuro. Espera na misericórdia, mas não contam com os seus méritos. Aspirando vivamente aos bens celestiais, rejeita os da terra. Esforça-se por adquirir uma conduta provada, mantém-se nela com perseverança, e guarda-a para sempre. 

Entrega-se aos jejuns pelo hábito da Cruz, mas aceita alimentos por exigência do corpo. Dispõe uma e outra coisa com a mais perfeita medida; com efeito, domina a gula sempre que decide comer, e o orgulho, sempre que quer jejuar. Dedica-se ao estudo, mas sobretudo das Escrituras e de obras religiosas nas quais o miolo do sentido a mantém mais ocupada que a escuma das palavras. E, o que é mais surpreendente e mais admirável, permanece sem cessar no repouso, e, ao mesmo tempo, nunca está ociosa. Multiplica as suas ocupações, de modo a faltar-lhe a maioria das vezes o tempo mais que actividades diversas. E lamenta-se mais frequentemente da falta de tempo que do aborrecimento do trabalho.


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segunda-feira, 14 de março de 2011

Assim se reza pelo Papa



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Não há tolerância para com o cristianismo - AIS

Durante muitos anos, grupos homossexuais advogaram pela tolerância e pela eliminação das leis que eles consideravam discriminatórias. Agora que, em grande medida, eles venceram sua batalha, o seu entusiasmo pela tolerância desapareceu. Os cristãos, que por razões de consciência sentem que não podem ser favoráveis ao comportamento homossexual, sofrem cada vez mais pressões. O último caso na Grã-Bretanha afectou um médico cristão, Hans-Christian Raabe.

Raabe foi nomeado para o Conselho de Assessoria sobre o Consumo de Drogas. Mas acaba de ser despedido porque escreveu um artigo relacionando a homossexualidade com a pedofilia.
Raabe foi co-autor de um estudo intitulado “Casamento gay e homossexualidade: comentários médicos em fevereiro de 2005″. O artigo afirma que, embora a maioria dos homossexuais não esteja implicada na pedofilia, verifica-se um número desproporcionalmente grande de homossexuais entre os pederastas.
“A minha nomeação foi revogada só por causa dos meus pontos de vista sobre temas sem relação alguma com a política antidrogas”, lamentou Raabe em comentários publicados no mesmo dia pelo Daily Mail.

Os activistas homossexuais acusam os cristãos, e outros que não estão de acordo com eles, de odiá-los. Isso apesar das repetidas explicações de que não se faz oposição às pessoas, mas apenas à conduta sexual.
De facto, o Catecismo da Igreja Católica indica claramente que “o ódio voluntário é contrário à caridade” (No. 2303).
Ao tratar a homossexualidade, o Catecismo assinala que as pessoas com tendências homossexuais “devem ser acolhidas com respeito, compaixão e delicadeza” (No. 2358). Não obstante, a Igreja católica, junto a outros muitos cristãos, não aceita a prática do comportamento homossexual.
Cada vez mais, os direitos dos homossexuais entram em confronto com o direito dos crentes de realizar aquilo que se sentem chamados a fazer. Para que haja de verdade liberdade religiosa, é necessário permitir que as pessoas atuem de acordo com sua consciência. Ler o resto do artigo aqui.


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Vem aí uma ideia SENZACIONAL...

Daqui a uns dias revelarei a ideia.

Prepare yourselves.


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domingo, 13 de março de 2011

Amor aos pais - Pe. Rodrigo Lynce de Faria

É conhecida a história de Eneias, famoso herói da Eneida, obra-prima do poeta romano Virgílio. Neste antiquíssimo poema relata-se que, quando Tróia foi incendiada pelas forças gregas, os jovens troianos começaram a abandonar as muralhas da cidade dispostos a recomeçar a sua vida noutro lugar.

No momento da destruição da cidade, Anquises, pai de Eneias, tinha já uma idade avançada e mal podia andar. Por esse motivo, suplicou ao filho que o deixasse morrer ali, pois não desejava ser para ele um estorvo que o impedisse de se salvar da destruição. Eneias recusou-se terminantemente a ceder a essa petição. Respondeu-lhe — sem vacilar — que nunca conseguiria viver o resto dos seus dias com dignidade se, naquele momento, abandonasse o seu pai em tão tristes circunstâncias.

Depois de pronunciar estas palavras, Eneias carregou Anquises sobre os seus ombros e deu a mão ao seu filho Iúlo. Os três — três gerações unidas — abandonaram as muralhas da cidade em chamas. Por este motivo, Virgílio chama ao seu herói o “piedoso Eneias”, já que a palavra piedade na sua raiz latina — pietas — significa exactamente isso: amor aos pais.

Desde sempre, o amor aos pais manifesta-se na gratidão por aqueles que foram instrumentos de Deus para nos transmitir o primeiro de todos os dons: o dom da vida. Somos um fruto directíssimo da generosidade dos nossos pais. Temos uma dívida para com eles que nunca poderemos pagar. Claro que alguém poderia contar casos de filhos ingratos que abandonam os seus pais em dificuldades. São casos reais, sem dúvida nenhuma, mas não me parece que sejam os casos mais comuns — sobretudo nas famílias sãs.

O mais comum é a gratidão dos filhos para com os seus pais. Gratidão que, com o passar dos anos, se torna mais consciente e madura. Gratidão pela educação que soube conjugar aspectos aparentemente contraditórios: exigência e carinho, autoridade e respeito pela liberdade, coerência e flexibilidade.

Gratidão também porque os nossos pais não temeram dizer a palavra “não” quando isso era necessário. Talvez nesses momentos não os tenhamos entendido bem — hoje, pelo contrário, estamos-lhes agradecidos por essa manifestação de bondade e fortaleza. Porque educar não é o mesmo que mimar. Quanto mais se mima uma criança, mais se a deixa indefesa para enfrentar as dificuldades da vida. Poupar em todas as ocasiões os pequenos sacrifícios aos filhos não os educa bem, nem lhes robustece a vontade. Para educar bem — que é diferente de educar de qualquer forma — é necessária uma exigência amável. Exigência que não confunde o amor com o sentimentalismo.

Eneias tinha aprendido dos seus pais a dizer que “não” a si próprio quando isso era necessário. Apoiado nessa aprendizagem, soube dizer que “não” à sua tendência para o mais cómodo — tendência com que todos nascemos. Eneias não se deixou arrastar pelo mais fácil — deixar o pai em Tróia —, por muito que isso lhe “facilitasse” a vida. Eneias, por ter ouvido algumas vezes um “não” na sua educação, era agora capaz de amar o seu pai de verdade.


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quinta-feira, 10 de março de 2011

vinho amaldiçoado?



o nome deste vinho - terras do demo - tem origem em Aquilino Ribeiro, segundo explicação que pode ser lida aqui.

"Vida dura, pobrinha, sobrecarregada pelo fisco" soa a actualidade, mas não é motivo para amaldiçoar estas gentes.

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Congresso espanhol impõe jogos não sexistas nas escolas

A Comissão para a Igualdade do Congresso dos Deputados de Espanha aprovou uma proposta de lei que obriga os professores e funcionários não docentes a reprimir as crianças que brincam nos recreios a jogos que possam configurar a defesa do sexismo. Só o Partido Popular votou contra esta idiotice. Entre os jogos que passam a ser inaceitáveis estão os jogos que transmitam visões tradicionais sobre o papel e as atitudes das mulheres. Colocar as meninas a brincar com bonecas é inaceitável, a não ser que os meninos também sejam obrigados a envolverem-se em brincadeiras com bonecas. Os jogos tradicionais entram quase todos no índex das proibições. Não tarde nada que as fábulas e contos tradicionais infantis sejam proibidos na escola. Daí a proibir obras-primas da literatura universal, do Dom Quixote de la Mancha às peças de Shakespeare, vai um passo muito pequeno. Um passo que será dado se nós ficarmos quietos.

O que os socialistas espanhóis querem é que os professores sejam polícias de uma visão politicamente correcta do Mundo. Essa visão politicamente correcta assenta na hipervalorização das questões relacionadas como o sexo e pretende impor uma visão do Mundo que privilegie os valores que a elite política esquerdista que capturou o Estado e o espaço mediático acha que são os únicos válidos. Qualquer semelhança entre isto e o nazismo não é pura coincidência. Coisas destas são produto de uma mesma estrutura mental, doentia, perigosa e totalitária.

Os socialistas espanhóis aprovaram também um projecto de lei a que chamam de Lei para a Igualdade de Trato e Não Discriminação que vai ao ponto de propor multas de milhares de euros a quem chame feio a outra pessoa. O objectivo desta gente perigosa e intolerante é o controlo total da linguagem. Não lhes chega o controlo quase absoluto que têm do espaço mediático, querem criminalizar o uso da linguagem que não esteja conforme à novilíngua por eles imposta. in ProfBlog


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Vantagens do uso de uniformes nas escolas estatais

- Nas escolas privadas, é habitual o uso de uniformes escolares. O uniforme aumenta o orgulho de pertencer a uma comunidade escolar e reforça os laços de pertença e de identidade.
- Os estudos mostram que existem benefício no uso do uniforme escolar:
- Reduz a indisciplina.
- Reduz a falta de atenção nas matérias.
- Ajuda a focar os alunos na aprendizagem e não nas modas, estilos e marcas de vestuário. Leva os alunos a perceberem que a escola é um local especial, diferente do estar na praia ou em festas. Melhora a segurança do interior e exterior do edifício escolar porque o uso do uniforme permite uma mais fácil identificação dos autores dos actos de indisciplina ou violência.
- Fomenta um sentimento de igualdade, esbatendo as diferenças económicas e sociais ao impedir que os alunos se destaquem uns dos outros pelo tipo e custo do vestuário usado.
- Alguns estudos chegam ao ponto de concluir que o uso de uniforme escolar tem uma carácter preventivo da violência em meio escolar e melhora os níveis de assiduidade. Outros estudos mostram que o uniforme escolar está correlacionado com um maior respeito pelos bens e equipamentos escolares.
- Há estudos que concluem que o uso de uniforme reduz as ofensas de cariz sexual em mais de 70%.
- Como a origem do bullying se deve, por vezes, ao modo como as crianças e adolescentes se vestem, o uniforme escolar constitui uma boa forma de prevenção de fenómenos desse tipo.
- É possível também encontrar estudos que concluem pela existência de algumas desvantagens:
-Os uniformes escolares são caros e constituem mais uma despesa para os pais.
- Há crianças e adolescentes que se sentem desconfortáveis com os uniformes sobretudo nos dias muito quentes de Verão.
- Há estudos que apontam no sentido de os uniformes promoverem o conformismo social e negarem a livre expressão individual e a criatividade. in profblognet


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Seguindo a liberdade de Deus - "Senhoras" ou "Escravas"?



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Quarta-Feira de Senzas

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permitenos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna. 

Os dois primeiros pontos podem ser lidos aqui: Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2011


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segunda-feira, 7 de março de 2011

A promiscuidade tira a vontade - Miguel Esteves Cardoso

O que é a experiência? Nada. É o número dos donos que se teve. Cada amante é uma coronhada. São mais mil no conta-quilómetros. A experiência é uma coisa que amarga e atrapalha. Não é um motivo de orgulho. É uma coisa que se desculpa. A experiência é um erro repetido e re-repetido até à exaustão. Se é difícil amar um enganador, mais difícil ainda é amar um enganado.

Desengane-se de vez a rapaziada. Nenhuma mulher gosta de um homem «experiente». O número de amantes anteriores é uma coisa que faz um bocadinho de nojo e um bocadinho de ciúme. O pudor que se exige às mulheres não é um conceito ultrapassado — é uma excelente ideia. Só que também se devia aplicar aos homens. O pudor valoriza. 0 sexo é uma coisa trivial. É por isso que temos de torná-lo especial. Ir para a cama com toda a gente é pouco higiénico e dispersa as energias. Os seres castos, que se reprimem e se guardam, tornam-se tigres quando se libertam. E só se libertam quando vale a pena. A castidade é que é «sexy». Nos homens como nas mulheres. A promiscuidade tira a vontade.

Uma mulher gosta de conquistar não o homem que já todas conquistaram, saquearam e pilharam, mas aquele que ainda nenhuma conseguiu tocar. O que é erótico é a resistência, a dificuldade e a raridade. Não é a «liberdade», a facilidade e a vulgaridade. Isto parece óbvio, mas é o contrário do que se faz e do que se diz. Porque será escandaloso dizer, numa época hippificada em que a virgindade é vergonhosa e o amor é bom por ser «livre», que as mulheres querem dos homens aquilo que os homens querem das mulheres? Ser conquistador é ser conquistado. Ninguém gosta de um ser conquistado. O que é preciso conquistar é a castidade.


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domingo, 6 de março de 2011

A crise na celebração da Missa - Cardeal Cañizares

É necessário, na minha opinião, reconhecer que a liturgia hoje não é ‘a alma’, a fonte e a meta de vida de muitos cristão, fiéis e sacerdotes. Quanta rotina e mediocridade, quanta banalização e superficialidade nas nossas vidas! Quantas missas celebradas sem cuidado ou nas quais se participa sem particular devoção. Eis o porquê da nossa grande fraqueza”: afirmou o Cardeal Perfeito da Congregação para o Culto Divino e para a disciplina dos Sacramentos, D.Antonio Cañizares Llovera, numa entrevista ao semanário espanhol Vida Nueva e republicada pelo L’Osservatore Romano. “É fundamental fazer compreender aos fiéis que a liturgia à, acima de tudo, obra de Deus e que nada se poderá sobrepor à mesma”. in Spe Deus


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sexta-feira, 4 de março de 2011

A Subida ao Monte Carmelo II - S.João da Cruz

Dizem os teólogos que a fé é um hábito da alma ao mesmo tempo seguro e obscuro. E é obscuro porque nos propõe verdades reveladas sobre o próprio Deus que ultrapassam qualquer luz natural e excedem toda a compreensão humana, seja ela qual for. Daí decorre que a luz excessiva dada pela fé se transforma para a alma em profundas trevas. Como sabemos, qualquer força superior supera e enfraquece uma que lhe seja inferior; desse modo, o sol eclipsa todas as luzes restantes, ao ponto de, quando ele resplandece, todas as outras não parecerem propriamente luzes. Para além do mais, quando está no zénite, o seu brilho ultrapassa por completo a nossa capacidade visual até nos ofuscar em vez de nos fazer ver, devido a tornar-se excessivo e desproporcionado à nossa visão. O mesmo se passa com a luz da fé, que pelo seu prodigioso excesso abate e enfraquece a luz do intelecto.

Tomemos outro exemplo: suponhamos uma pessoa cega de nascença que, por isso mesmo, não conhece as cores. Ao esforçarmo-nos por fazer-lhe compreender o branco ou o amarelo, bem podemos dar explicação atrás de explicação que ela não retirará delas qualquer conhecimento directo, porque nunca viu as cores, cujo nome será a única coisa que ela reterá no espírito, através do ouvido. O mesmo se passa com a fé em relação à alma: a fé diz-nos coisas que nunca vimos nem conhecemos e a respeito das quais não possuímos a mais pequena réstia de conhecimento natural, mas retemo-las através do ouvido, crendo no que nos é ensinado e ofuscando em nós a luz natural. Com efeito, como nos diz São Paulo, «a fé surge da pregação» (Rom 10, 17). 

É como se ele nos dissesse: a fé não é uma ciência que reconhecemos pelos sentidos, mas um consentimento da alma que entra em nós pelo ouvido. Torna-se então evidente que a fé é para a alma uma noite escuríssima, mas é precisamente com a sua escuridão que ela ilumina: quanto mais a mergulha nas trevas, mais lhe faz brilhar a sua luz. Assim sendo, é ofuscando que ela alumia, segundo as palavras de Isaías: «se não acreditardes, não compreendereis» (7, 9).


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quinta-feira, 3 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Shahbaz Bhatti - um mártir que deve ser exemplo para todos

O ministro paquistanês para as Minorias, Shahbaz Bhatti, um reformista no seio do Governo, foi hoje assassinado a tiro por um grupo de homens armados em Islamabad.Bhatti – de 42 anos e o único cristão no Executivo paquistanês – acabara de sair de casa, quando o carro em que seguia, numa zona residencial de Islamabad, foi violentamente baleado por quatro homens que prontamente fugiram do local. O ministro foi declarado morto já no hospital de Shifa, foi confirmado por fontes médicas e policiais.

O ministro recebera várias ameaças de morte por defender a reforma das leis de blasfémia no Paquistão, segundo as quais o insulto ao Islão incorre na pena de morte e que muitos dos seus críticos apontam como sendo usada para perseguir as minorias religiosas no país.
Para a Santa Sé é mais um atentado à liberdade religiosa. “O assassinato de Shabbaz Bhatti demonstra como têm sido acertadas as sucessivas intervenções do Papa, a propósito da violência contra os cristãos e contra a liberdade religiosa em geral” declarou o padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé.

"À oração pela vítima, à condenação de tão inqualificável acto de violência, se une um lamento para que todos se dêem conta da urgência da defesa da liberdade religiosa." realçou o Padre Lombardi, que reforçou ainda a proximidade do Vaticano com todos os cristãos paquistaneses.

Recordamos que Shabbaz Bhatti, de 42 anos, foi o primeiro católico a ocupar um cargo político desta relevância, no Paquistão, uma nação maioritariamente muçulmana.

Grande defensor de um compromisso em favor da convivência pacífica, entre as comunidades religiosas do seu país, ficou célebre por se opor à “lei da blasfémia”, decreto presente no Código Penal paquistanês, e que prevê a pena de morte para actos que enxovalhem o profeta Maomé. in Rádio Vaticano


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